Das asas de anjos
Eu brinco que tenho um anjo, um desses, de contos de fadas.
E esse moço é manco, tonto de maresias, louco de outroras manhãs.
E ele me canta cartilhas, me conta cantigas, me encanta em carícias perdidas numa imensidão incorpórea.
E eu sigo, nos passos que não são dele, nem meus, porque não há outro instante, nem aquela desejada estrada.
Apenas os silenciosos calçamentos únicos que surgem trôpegos quando o pé arrasta o chão e desenha a pegada.
Não sou triste sem ele. Sou alheia sem minha própria alma, sem o derramar das palavras que inundam meu corpo e se desfazem nele.
O seio explode o peito que queria aquela calma.
A pele clama o toque que o desejo escondeu.
Os olhos mascaram a melancolia, e endurecem os sonhos, entre azuis e azares esverdeados.
O anjo menino ri, porque quisera chorar e não mais sabia, tendo perdido as lágrimas no breve despertar das estrelas na noite escura.
E esse moço é manco, tonto de maresias, louco de outroras manhãs.
E ele me canta cartilhas, me conta cantigas, me encanta em carícias perdidas numa imensidão incorpórea.
E eu sigo, nos passos que não são dele, nem meus, porque não há outro instante, nem aquela desejada estrada.
Apenas os silenciosos calçamentos únicos que surgem trôpegos quando o pé arrasta o chão e desenha a pegada.
Não sou triste sem ele. Sou alheia sem minha própria alma, sem o derramar das palavras que inundam meu corpo e se desfazem nele.
O seio explode o peito que queria aquela calma.
A pele clama o toque que o desejo escondeu.
Os olhos mascaram a melancolia, e endurecem os sonhos, entre azuis e azares esverdeados.
O anjo menino ri, porque quisera chorar e não mais sabia, tendo perdido as lágrimas no breve despertar das estrelas na noite escura.