Do gostar e do tempo
Eu gosto do Starry Night do Van Gogh.
Gosto de folhas secas. De livros com cara e cheiro de tempo.
Gosto de coisas kawaii, e lá se vai a eterna falta de espaço na estante para colocar um mundo de bonequinhos.
Tenho livros no banheiro, por falta de espaços melhores (já que o quarto do meu pequeno filho não pode ser atulhado de livros).
Gosto de gatos que acham que são gente, por mais que o meu tenha certeza de que é cachorro.
Empilho caixas e caixas, simplesmente porque elas são empilháveis. E se elas tiverem cara de vintage com estampas eucalol, mapas antigos, tons de sépia, letras esmaecidas, aí a pilha se torna uma delicada estrutura de quebra cabeças vertical.
Gosto de Walt Whitman e WH Auden. Me perco em Fernando Pessoa, de quem, contrariado a cultura popular, costumo gostar mais das prosas, em especial a da Floresta do Alheamento, que sempre me carrega de onde estou, ao folhear aquelas páginas de papel de casca de ovo.
Gosto de cinema antigo. Gosto de operetas e cantatas, de requiens e sinfonias. De coisas que lembrem um outro tempo, onde todos éramos mais ingênuos, e o tempo não parecia estar escorrendo por entre os dedos.
E que chegue o fim do ciclo.
Gosto de folhas secas. De livros com cara e cheiro de tempo.
Gosto de coisas kawaii, e lá se vai a eterna falta de espaço na estante para colocar um mundo de bonequinhos.
Tenho livros no banheiro, por falta de espaços melhores (já que o quarto do meu pequeno filho não pode ser atulhado de livros).
Gosto de gatos que acham que são gente, por mais que o meu tenha certeza de que é cachorro.
Empilho caixas e caixas, simplesmente porque elas são empilháveis. E se elas tiverem cara de vintage com estampas eucalol, mapas antigos, tons de sépia, letras esmaecidas, aí a pilha se torna uma delicada estrutura de quebra cabeças vertical.
Gosto de Walt Whitman e WH Auden. Me perco em Fernando Pessoa, de quem, contrariado a cultura popular, costumo gostar mais das prosas, em especial a da Floresta do Alheamento, que sempre me carrega de onde estou, ao folhear aquelas páginas de papel de casca de ovo.
Gosto de cinema antigo. Gosto de operetas e cantatas, de requiens e sinfonias. De coisas que lembrem um outro tempo, onde todos éramos mais ingênuos, e o tempo não parecia estar escorrendo por entre os dedos.
E que chegue o fim do ciclo.